segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Desejo.

Desejo.

Já amei,
Já fui amado,
Fui perseguido,
Fui procurado.

Já procurei,
Sinto não ter encontrado,
Fui buscar,
Mas voltei frustrado.

Não por ter achado,
Mas por ter acreditado,
Que tu és assim,
Algo tão perto edistante de mim.

Que brilha
Tão foscamente,
Aparentemente algo um pouco demente.
De seu filho, esse vão e carente.

Sente a dor de um doente,
Da paixão a febre, essa sim transcende.
Na escuridão um vazio,
No peito, um sangue a pulsar sem razão.

Nos olhos uma interrogação.
Se tu és quem procuro?
Na luz ou nas trevas,
Ou és apenas uma invenção?

Que todos acreditam
Independente de lucidez,
De credo e religião,
Filosofia e emoção.

Um ser tão grande,
Que foge de nossa paixão.
Na imensidão um horizonte infinito,
Que se esconde em um sonho de incompreensões.


Francisco Maia.    20/02/06

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