segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Existência.

Existência.

- Que seja
Exposta,
Essas víceras
Dilaceradas.

Que  voe
Os abutres
Sociais,
A rondar

Logo saciaram
Dessa parca carne
Dessa carcaça
Diminuta.

Logo, nada
Sobrará,
Nesse chão,
Que não te pertence

Onde jaz
Esse corpo
Franzino
Tombado

De tanto labutar,
Por nada,
Nem a própria
Cova é tua.

Algo vendido,
Comprado,
No dia do
Seu nascimento.

Hoje exausto,
Jogado fora,
Descartado,
Morto

Não tem cova!
Para que? Dar terra
A essa gente?
Por que chamá-los
De gente?

Deixe que
A rapina


De conta e
Limpe esse pedaço
De chão,
De terra.

Logo não terá
Mais trajetória,
Sumiu de vez.

Mais um corpo,
Um estorvo,
Que nunca
Existiu.


FranciscoMaia.    25/08/06

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