Existência.
- Que seja
Exposta,
Essas víceras
Dilaceradas.
Que voe
Os abutres
Sociais,
A rondar
Logo saciaram
Dessa parca carne
Dessa carcaça
Diminuta.
Logo, nada
Sobrará,
Nesse chão,
Que não te pertence
Onde jaz
Esse corpo
Franzino
Tombado
De tanto labutar,
Por nada,
Nem a própria
Cova é tua.
Algo vendido,
Comprado,
No dia do
Seu nascimento.
Hoje exausto,
Jogado fora,
Descartado,
Morto
Não tem cova!
Para que? Dar terra
A essa gente?
Por que chamá-los
De gente?
Deixe que
A rapina
De conta e
Limpe esse pedaço
De chão,
De terra.
Logo não terá
Mais trajetória,
Sumiu de vez.
Mais um corpo,
Um estorvo,
Que nunca
Existiu.
FranciscoMaia. 25/08/06
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