segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Meigo Sentimento

Meigo Sentimento

Meiga dor no peito estourando,
Seiva de amor em um cerne morto,
Forno de carvão mineral
[Queimando um coração em lava,
Incandescente febre que longe de ti abrasa

Mortal vida que me puseste junto ao seu destino
Para vagar perdido em tristeza
Caminhar levando a tortura da existência,
Esperando a nobre morte, para acalmar-me a alma.

E deitado sobre a laje, mórbido corpo,
Pálido... Ficara a olhar a noite estrelada
A lua clara banhando a silhueta desfalecida.

Zombando daqueles que medo tem do cemitério
E pairar em assombração, procurando o amor
Que tanto esperou em vida solitária.

Francisco Maia  

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