segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Passado?!


Passado?!

Não é que ele passa,
Por toda parta
Vira outrora.

Moribundo nesse dia,
Nesse mundo.
Sarjeta suja
Com a minha carapaça,

Embaçado no fosco
Luar, refletido...
No esgoto
Sem cheiro,

Sem gosto.
Morro, por não ter
Nascido.
Vivo por ter morrido.

E sinto muito por
Tornar-me um
Passado sem
Um pingo de jeito.

Francisco Maia

04/06/07

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