sábado, 26 de fevereiro de 2011

Viúva Negra

Viúva Negra


Vem de encontro ao meu destino e
                            [deixa-me perdido
Linda de lisos cabelos pretos
Pálida como mármore ao luar
Lábios! Equivoco de Deus por tal
                       [beleza exuberante.


Olhos! Dois negros pontos.
Alma! Desespero de mulher.
Sonho! Uma vida melhor.
Vida! O que não pode escolher.


Caminha em uma estrada,
Sorrindo sem graça,
Amarelo por seduzir almas

Por encanto, encantado
Beleza que leva a mosca para teia,
Morte de veneno de aranha.

Francisco Maia.





quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Meu ópio! Meu vício!


Meu ópio! Meu vício!

Toda vez que te vejo
As minhas mãos ficam tremulas
A minha boca seca,
Perco os sentidos e o desmaio
                          [quase vem.

Os olhos brilham
O nariz escorre, quase choro...
As meninas te seguem
Por aonde vá, em meu campo.

Meu ópio! A minha
Abstinência de você,
À distância sem poder
          [entorpecer-me.

Meu vício! És um querubim
Que paira em meus pensamentos
Em uma noite escura que os meus olhos
                                             [nada vêem.

Francisco Maia

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Dia de poeta


Dia de poeta

Acordei poeta hoje,
Trovando para o sol,
Sorrindo para os cantos 
[dos pássaros,
Alegre por ver o azul celeste.


De tarde o lírico, 
A saudade da manhã,
O calor infernal
Derretendo a alma.

De noite, olhar...
As estrelas e o negro céu,
Deliciar-se com a brisa suave.

Porem, do mórbido pranto,
Escrever a poesia que 
Nos deixa falecido em sono.

Francisco Maia

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Olhos


Olhos

Olhos vivos tem a donzela
Belos castanhos ostentado
Por face alva, cabelos negros
Sorriso de alma, a procurar...

Bela é a moça que trago na minha
                                             [vida
Lembranças de ontem
Bem como de hoje
Do seu caminhar suave

Das delicadas mãos
A suavidade dos gestos
Da luz... Sim da luz dos olhos

Que incendiou a escuridão
E trouxe a luz para o mundo
Para a existência do universo


Francisco Maia

Lágrimas de uma amiga.


Lágrimas de uma amiga.

Agora sim começa a verdadeira poesia
A alegria sorrindo e a tristeza se afogando
                                            [Em lágrimas.
Agora sim... Posso falar de você guria.
Das tuas lágrimas que um dia vi

Da dor que por ti senti,
Não entendia o seu choro
Mas vi o seu sofrimento
Queria te ajudar, mas não podia.

Estava atado, amarrado
Mas mesmo triste tu es linda!
As lágrimas caíram tão bem
[parecia maquiagem em rosto de boneca

E seus olhos... Ainda em prantos
Jorrava a alegria de tua alma
E as tuas lágrimas pareciam
[um lago trasbordando vida.

Francisco Maia

Relva


Relva


Eu dormir na relva
Acordei e a linda tinha ido...
Não dava mais para consertar
O meu estrago, estava na relva


Deitado e sonhando com a bela
Que de pronto tinha ido embora
As estrelas eram o meu teto
O frio o meu cobertor

E o meu desejo era ela
Os lábios, os olhos... tudo
Mas por hora eu estava na relva.

Levei uma dor no peito
Levei a paixão dela
E os beijos que perdi
[por estar dormindo na relva.


Francisco Maia

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Lua.

Lua.

Como assim?
Vejo a mais pura beleza
Na lua alva no céu negro
Os seus cabelos, cachos

O sorriso feliz que aparece em tua
                                              [face.
A transparência da alma em seus olhos
O oceano no fundo... Um coadjuvante
Bem como o por do sol,

É aviso de que a lua esta chegando,
E a noite já espera a sua soberana,
                                    [para bailar
Em um salão coalhado de estrelas,

Reinando imponente, como os seus
                         [cachos ao vento
A sua felicidade no entardecer
Os seus olhos ao ver a lua branca no
                          [céu estrelado.

Francisco Maia




Minha linda, fugir da essência
[da morte
Seria a mesma coisa que negar a
[beleza da lua
Desculpe-me, minha querida
Mas vejo a morte com os mesmos
                [olhos que admira a lua


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Quem dormiu?


Quem dormiu?

Então é isso!
Irmãos matando irmãos
Sangue rolando, dentes cerrados;
Punhos, pedras, paus...

Então é isso!
A morte sopra a raiva
E os ânimos se exaltam
E a humanidade vê o caos.

E é só isso?
Não tem mais nada?
Uma luta contra a família?

Pobres crianças que não vê
Que são massas, manobra.
E que o Estado muda, mas,
                  [tudo continua.

Francisco Maia.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

NÃO TENHO MAIS.

NÃO TENHO MAIS.


VOCÊ DISSE QUE QUER A MINHA 
                                           [ALMA
O MEU CORPO, POR INTEIRO...
MINHAS PERNAS, BRAÇOS E LÁBIOS... 
POR COMPLETO O META COM O FÍSICO.

SAIBA VOCÊ... QUE NÃO TENHO MAIS...
NÃO POSSO TE OFERECER O MEU CORPO
NÃO POSSO TE OFERECER A MINHA ALMA
PERDERAM-SE NO TEMPO, E NÃO ACHO 

AS PERNAS CAIRÃO...
OS BRAÇOS DEFINHARÃO
E OS LÁBIOS FORAM COSTURADOS

A ALMA FUGIU DO CORPO MORTO
ESCONDEU-SE DA ANGUSTIA
E RENDEU-SE PARA A DOR DO
                                        [MUNDO.

FRANCISCO MAIA.