Meu ópio! Meu vício!
Toda vez que te vejo
As minhas mãos ficam tremulas
A minha boca seca,
Perco os sentidos e o desmaio
[quase vem.
Os olhos brilham
O nariz escorre, quase choro...
As meninas te seguem
Por aonde vá, em meu campo.
Meu ópio! A minha
Abstinência de você,
À distância sem poder
[entorpecer-me.
Meu vício! És um querubim
Que paira em meus pensamentos
Em uma noite escura que os meus olhos
[nada vêem.
Francisco Maia
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