O Último Eco.
Se o meu coração parar de bater.
Se o brilho abandonar os meus olhos.
Se os lábios foscos assim permanecerem.
Se a minha pele pálida estiver, quando
[os seus olhos pousarem sobre o meu corpo.
Saiba linda alma perdida, que tu estás vendo
Um alimento de vermes,
Uma ração calada,
O sangue coagulado nas veias.
A gélida existência de um corpo
Inerte em uma placa de mármore.
Olhos fechados em um sono profundo,
Não terá mais primaveras,
Não verás mais invernos,
Tão pouco o outono de folhas secas.
Os sonhos de verão serão esquecidos,
Sepultado, bem como o calor que gravei
A sua face em minha alma
Lancei ao vento o desejo que senti,
Joguei aos quatro cantos do mundo e,
Como um eco oco ressoou na lua
A súplica torta de um poeta morto.
Francisco Maia.
um lindo verso de despedida ?
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