sábado, 21 de julho de 2012

A chegada e Partida da Saudade.

A chegada e Partida da Saudade.

Nasceu! Nasceu!
Era pequenino e chorava muito.
Sofria de uma paixão, quem viu?
Ninguém olhou, nem percebeu.

Era criança, fruto de um sonho,
Era cotidiano incerto e renegado,
Era vício sem ser saciado,
Era morte sem ceifeiro!

Cresceu e se criou no escuro,
Viveu sozinho nos becos da vida,
Escondeu-se nas latas de lixos.

Envelheceu e sentiu a solidão passar,
Com olhos lacrimejantes pediu clemência!
A morte tão comovida veio lhe atender, olhou e proferiu:
- Vim te dar descanso, levarei você comigo e lhe darei paz,
Dai-me a sua mão Saudade, que hei de tirar a sua dor.

Francisco Maia

Brisa Suave.

Brisa Suave.

Limpo todos os dias a minha alma,
Deixo as portas do meu refugio aberta.
As janelas escancaradas deixam o vento entrar,
Assim sinto o seu cheiro quando passa.

Ao primeiro sinal de que você esta perto
Vou devagar para porta ver você passar,
Olho de mansinho pelas janelas o seu andar,
Espero quietinho sonhando ganhar um sorriso.

Quando se vai, volto para a cozinha,
Sento em uma cadeira, deixo a comida cozer,
Tomo o meu café com pão, pensando o que fazer.

Levanto e volto a limpar o meu coração para deixá-lo aberto,
Abro bem os meus olhos para não fechar as minhas janelas,
Molho o meu rosto para ter o frescor da brisa que traz o seu cheiro.

Francisco Maia.

Dia Perfeito.

Dia Perfeito.

Bela! Bela! Bela!
Entre e me faça feliz!
Deixe na porta
A tristeza, deixe na rua
O rancor dos outros.

Bela! Bela! Bela!
Entre com um sorriso!
Compartilhe a felicidade,
Viva comigo a alegria
Do final desse dia.

Francisco Maia

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Um sonho bom.

Um sonho bom.

Um dia acordei criança
Pequenino, crescendo,
Percebendo que a saudade existe
E tendo o coração romântico.

Senti no simbolismo à vontade
De deixar à marca cansada do tempo,
E vi que o presente é concreto
E que o asfalto me atrai.

Resolvi então, já que criança
Brincar, brincar do que?
Não tinha pião, nem bolinha de gude?

Brincar do que então?
Vi um lápis e um papel branco.
E fui brincar de poesia.

Francisco Maia.