sábado, 21 de julho de 2012

A chegada e Partida da Saudade.

A chegada e Partida da Saudade.

Nasceu! Nasceu!
Era pequenino e chorava muito.
Sofria de uma paixão, quem viu?
Ninguém olhou, nem percebeu.

Era criança, fruto de um sonho,
Era cotidiano incerto e renegado,
Era vício sem ser saciado,
Era morte sem ceifeiro!

Cresceu e se criou no escuro,
Viveu sozinho nos becos da vida,
Escondeu-se nas latas de lixos.

Envelheceu e sentiu a solidão passar,
Com olhos lacrimejantes pediu clemência!
A morte tão comovida veio lhe atender, olhou e proferiu:
- Vim te dar descanso, levarei você comigo e lhe darei paz,
Dai-me a sua mão Saudade, que hei de tirar a sua dor.

Francisco Maia

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