Vento Divino.
Esse canto não é meu!
É dos malditos em terra,
Aqueles que desceram
Ao inferno, os mortos por suas
[próprias mãos.
- Morri, não senti, sentei na varanda,
Chorei, olhei a mão sangrando.
A dor na cabeça estourada,
Miolos por todos lados.
Estranhei o fim que não chegou!
A dor que não acabou e, senti
O eterno prazer de ser morto.
Nada confortável. Todo dia olhando
O meu enterro, vermes, mais vermes
Corroendo o funesto corpo sórdido.
Francisco Maia.