Infância
Saudade de tudo que me consome,
A alma, perto do cemitério e longe
Do mundo ingênuo que construímos,
Da melancólica distância de hoje.
Meu mundo perfeito, que um dia
Foi meu quarto, pequeno, mas lindo,
Das pessoinhas que passavam pela porta,
Riscando a parede com carrinhos.
Saudade! Isso é, as pessoas que nos tornamos,
Crescemos, vivemos, e veremos outros
Crescerem, na ingênua penumbra.
Ainda somos os mesmos moleques!
Outrora éramos a alegria da casa
E transformavam tudo em brincadeiras.
[hoje são as nossas crianças.
Francisco Maia.
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