sábado, 6 de setembro de 2014

Infância

Infância

Saudade de tudo que me consome,
A alma, perto do cemitério e longe
Do mundo ingênuo que construímos,
Da melancólica distância de hoje.

Meu mundo perfeito, que um dia
Foi meu quarto, pequeno, mas lindo,
Das pessoinhas que passavam pela porta,
Riscando a parede com carrinhos.

Saudade! Isso é, as pessoas que nos tornamos,
Crescemos, vivemos, e veremos outros
Crescerem, na ingênua penumbra.

 Ainda somos os mesmos moleques!
Outrora éramos a alegria da casa
E transformavam tudo em brincadeiras.
[hoje são as nossas crianças.


Francisco Maia.



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