quarta-feira, 14 de junho de 2017

Poética.

Poética.

Pensei que a poesia tinha morrido.
Achei que não tinha mais como!
Poemas viraram dialética e dialética poesia.
Morri, e fui para outro lado, cordel cantei.

Sambei na minha lápide e o espirito não deixava o corpo,
Alma cinza por desencanar em maniqueísmo.
Vermelho ou azul, a morte não tem cor!
Interesses antagônicos que separa o morto pobre.

Apodreceu o sangue vermelho e enrugou a veia azul!
O verme pinicou o osso amarelado que logo é pó,
Tremulou a chama da vela, deixando o fumo na gaveta branca.

A lua alva iluminava a minha alma perdida,
Balbucie um samba, entoei uma poesia. Não morreu comigo!
Ela apenas nasceu no meu simples existencialismo.

Francisco Maia.







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