domingo, 6 de maio de 2018

Homenagem.


Homenagem.
O silêncio da noite é rompido!
Um cigarro voa aceso pela janela,
Toca o solo com um impacto de quinze metros,
Um beijo de vida encontra o seu fim.

A noite ecoa nos cantos das sarjetas,
O rato passa na escuridão, luzes apagadas,
O terreno baldio é entulhado de pessoas,
Isqueiros acesos, um musical de almas.

Perdidos nas pedras que pisam, são criaturas
Criadas pela vida que passa ao lado, ela,
Não vê os trapos jogados pegando pontas.

As pontas que restam, são, uma sociedade
Demente entre carros e vinhos, pães e queijos,
Olhos nos jornais, verdades que são mentiras.
Francisco Maia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário