sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Dialogo: presente, passado e futuro.


Dialogo: presente, passado e futuro.

Abaixo... Abaixo... Derrubais... Tudo que representa.
- Abaixo? O que derrubaremos menino?
- Derrubar! Não podemos deixar! abaixo, com o pé e a pá.
- Derrubar? Pé e pá menino, o que vamos enterrar?
- Vamos enterrar o fascismo meu senhor. Abaixo, de sete palmo, com uma pá de cal.
- Menino, o que você sabe sobre o fascismo? Como você pode aclamar pela derrubada dele?
- Menino o fascismo não existe mais, o que está acontecendo é o certo, o mundo precisa de disciplina, aprender e temer quem governa.
- Abaixo o fascismo. – Meu senhor, o meu tempo está chegando,  não quero abrir mão da minha liberdade, quero expressar, amar e ser amado. Meu senhor, não penso em viver sem pensar. Meu senhor, existir por um líder é não pensar na vida.
- Menino o que você sabe sobre viver? Menino, na minha época tudo era melhor, não existia essa matança, essa mamata, tudo era trabalhar e andar conforme o governo mandava, quem saia fora das ordens do governo também saia do progresso e era preso. Estava certo.
- Meu senhor, quando alguém não concorda com um governo, sendo um cidadão e é preso, reprimido, só mostra que a ordem é pela força e o progresso pelo medo, isso não é democracia.
- Meu senhor, o seu tempo de olhos fechados acabou, morreu a tortura e o torturador, morreu a autocracia e a teocracia. – Meu senhor a terra é redonda e os meus sonhos são livres.
- Menino, o caminho que você quer seguir é perigoso, cheio de dor, de medo e sacrifícios.
- Senhor, vou lutar pela liberdade, não só a minha, mas de todos, não vou ficar escondido, não vou viver entre o ético e o meu dinheiro, entre a vida e a comodidade, vou viver a minha juventude. – Senhor, se eu morrer, deixe me chamar de terrorista, deixe me xingarem de comunista, não ligue! Saiba, que se um dia alguém puder usufruir dos meu sonhos, eu não estarei morto. Um dia alguém sonhou, esse “eu”, meu senhor foi a alma de um menino livre.
- Menino, isso que você pensa vai ainda te matar!
- Amigo, Senhor, a minha idade pode ser parca, mas o meu sonho é abastado. – Amigo, sou da resistência, sou Partisans, quero chegar na sua idade e ver a sociedade livre.
Abaixo meu senhor, abaixo, o fascismo. Se a morte me livrar dele, que seja, mas a minha luta, meu senhor, não é só minha.


Francisco Maia.


sábado, 10 de agosto de 2019

O rei...

O rei...
Voltamos para uma monarquia, eletiva, mas monarquia.
Monarquia onde o ser inato conclama o seu herdeiro, o perfeito.
Herdeiro que escolhe uma embaixada no país de preferência do pai.
País entregue ao San, tio que é o sonho do pai, subjugado pelo mágico de Oz.

Viva o reino, salve o terreno, lenha para o vassalo do suserano, obrando uma vez
[a cada dois dias.
Suserano absoluto, leviatã devorando todos que não são nobres, não morô?
Nobreza combatendo os bárbaros e conquistando terras para o rei.
Para o monarca uma corte, uns bobos, uma luz e uma música, banquete de onça.

Pintamos a aquarela perfeita de um estado de Pombal e Catarina.
Czares vitorianos negligenciando a arraia miúda. Estão sendo salutar,
Saltando aos olhos, o brilho de uma criança assustada no pátio de uma escola,

O pão tirado dos anciãos para alimentar os cortesões, dobrões de ouro,
Ouro reluzindo enganosamente para o povo faminto no paço do prefeito,
Mazelas produzidas por uma revanche, Alsácia, Lorena, Nordeste, Brasil.

Francisco Maia. 

sábado, 3 de agosto de 2019

Um relato.


Um relato.

Hoje eu vejo pessoas pedindo para a volta da ditadura,
Vejo um pedaço de tortura cristã para um Jesus qualquer,
Pedaço de humanidade perdida em um testamento de antigamente,
Humanidade desconhecida por um discurso, uma salvação de um beato.

Hoje eu vejo um messias que salvaria uma parcela da população brasileira,
Messias que enquadra dois terços dos habitantes do Brasil como pecadores,
Um enquadro, um sangue na porta da minha casa para não chegar a praga,
Salvação para os meus! Salvar alguém não é condenar para se justificar.

Vivendo em uma terra de intolerância, de um povo que não conhece a sua história,
Terras que foram usurpadas, construída em torna da corrupção e da ganância europeia,
Intolerância que julgou, o marginalizado que foi julgado, hoje julga. O opressor.

Um carnaval de fantasias, uma mentira repetida e afirmada por rancor,
Carnaval rancoroso que propaga a discórdia de todos que discordam. Eu não concordo.
Rancor da escola e da ciência, de quem pensa um Brasil diferente.  
[Um ditado, que não seja Dita, que não vire dura.

Francisco Maia.


sábado, 29 de junho de 2019

Terrorismo da História.


Ano passado eu morri, mas...

Sou da guerrilha,
Eu luto apenas
Nas entrelinhas.
Resistir, sempre. Partisans.
Tamoios, na confederação,
Palmares, Zumbi, na revolução,
Dandara, no amor e luta,
Lampião e sua bonita,
Canudos e seu conselheiro,
Sendo contestado, na degola,
Federalistas, embaixo da chibata,
Com a vacina reformaram o Rio,
Caiu o cortiço dos ratos vendidos,
Os tenentes tiveram um cavaleiro,
A esperança virou caudilha,
O cheiro de café queimado,
Voto das mulheres em 34 acabou em 7,
Com um tiro, tudo acabou, e a bossa nova começou,
Com o filme de Jânio e Jango na bolsa da UDN,
Finalizado, deu mais, outro, contínuo golpe, caiu o Estado.
Não só Mariguella morreu com um tiro,
Todo a liberdade sucumbiu, Locke,
Chorou no seu empirismo liberal,
Dante, não era Alighieri, era Oliveira,
Era as diretas, ou indiretas, era a permanência,
Desistência, de um modelo de 1500,
Não foram os holandeses que deixaram
Nassau, foi o dinheiro, pago, que deixou Portugal.
Resistir sempre, sou apenas da luta, do luto, da
Guerrilha, da morte de Edson Luiz de Lima Souto,
No nosso, meu, seu Calabouço, na Marielle,
Vamos ser francos, temos que lutar, resistir
é o que nos resta. O resto é o poder do povo
para o povo, não é resto é, demos sendo kratos.


... Esse ano eu não morro.


Francisco Maia.


Adoro os Mortos que ainda vivem.

Qual é o morto que me aparece e me dá a vida?
Não vai ser um morto, nem à música. Vai ser uma pessoa I. Meu caminhar, meu existir, meu momento de contra,Contra tudo, a culpa, o medo, o rancor e a minha juventude.O meu medo de ver o destino parco para a idealização,
Não me preocupa, pois no mundo sou pó, de vermes,
Sou apenas um, no meio de muitos que fedem. Usam perfumes!
Corro e não encontro o fim. Ganho, mas é pouco para alguns.
Desço dos meus pedestais, ajoelho e vejo a minha saída,
Saio cantando Caitano com a Iolanda, música de Chico,
De Chico a Iolanda tem uma Maia, amo ser apenas criança.
Descuido na brincadeira, não tem nada de pega e, eu nem me perdi,
Eu ganhei muito, um amor que pensa Freire, se forma e informa,
Lindamente eu sei que os mortos que sempre escuto e leio, me dão vida.
Francisco Maia.

sábado, 18 de maio de 2019

Todo Chico é Chico.

Todo Chico é Chico. 
(Todo dia... eu quero que você venha comigo).Somos construídos, somos frutos do meio que vivemos, temos um senso comum, se for incomum, não temos senso, entraremos num consenso discordante.
Somos minhocas em torno da raiz da mesma árvore, somos peregrinos de centímetros, achando que andamos quilômetros, egoístas que não entende o ID e nem o super ego.
Pessoas prontas para a vida sem viver um dia, o antepassado é um asilo de loucas emoções,Loucuras, insanidades, irresponsabilidade de um exílio.Pessoas exiladas são responsáveis, responderam às perguntas e questionaram as respostas,Loucamente foram condenadas por ser lucidas entre as razões comuns.
Comumente levamos o ardo da juventude para o conservador da idade próxima do fim comum, contorcendo o corpo para ser um pavão da aceitação dos iguais.
Começamos a vida como fruto do desejo do outro, continuamos vazios até se afirmar na aldeia, sorrimos, marginalizamos, condenamos, os iguais fazem isso!
Ideais são forjados, "eu penso que não sou ideia, só razão, mas na metafísica acredito que sou inato, penso na minha alma, não na necessidade do corpo alheio".
Idealizamos uma vida melhor para os meus, não realizo a ideia que os meus são todos os seres que sente o que sinto, chora o meu choro e corre como eu corro para viver. [Somos companheiros que lutamos pela mesma oportunidade]

Francisco Maia.

sábado, 11 de maio de 2019

Conatus.

Conatus. 


Começo esse texto com um bom e breve conselho antigo, eu avisei.
Não vou me glorificar, eu estudei História e sabia onde ia terminar esse frenesi maluco.
Não quero condenar uma sociedade que não imaginava a sua própria imagem, seu (eu) no espelho.
Tenho que falar, que seu espelho era fosco e te mostrava algo que você queria e não a realidade da sua vida.

Começo esse texto com conselhos antigos de uma história antiga.
De um país, uma colônia, um povo obrigado a ser obediente ao seu senhor,
Um senhor que não queria ver a colônia como um país por interesses de metal,
Obediente ao seu rei, um rei que deixou um filho como imperador, um imperador português em uma nova pátria.

Terminando o meu texto com um conselho novo em uma nova História.
Na mentalidade atrofiada de uma colônia antiga permeia a ilusão de ser doutor sem doutorado, de mestre sem mestrado de bolsa sem estudar.
Sem um Estado de direito, de bem estar, o progresso é na ordem da borracha no lombo.

Termino o meu texto repetindo o texto que não era para ser escrito no século que vivo, pensando que realmente não existo, pois sou uma casca, um inseto que acorda de manhã na segunda-feira e não consigo abrir a porta do meu quarto. Não sou Kafka, sou o Janjão.

Francisco Maia.

sábado, 13 de abril de 2019

A família é um coletivo.


A família é um coletivo.

Engana-se aquele que é patriarca.
Peca-se aquele que se sente superior.
É o coletivo que faz a família funcionar,
O momento que é divido, todos ficam felizes.

O trabalho na casa é sobre funções,
Não é um privilégio, é uma unidade,
O privilégios é para quem se acha importante.
A Família é coletivo, é diversidades em um núcleo só.

Família que é importante,  não é papai, mamãe, é além, é decisões,
No coletivo todos contribui e opinam, todos são membros.
Família é se sacrificar, não para um,  e sim um para todos.

Não existe ordem de comando, existe ordem do dia.
Não pensamos no meu conforto, e sim de todos.
Somos uma assembleia e um micro poder, dentro do maior.

Família, sociedade, coletivo, empatia, respeito e amor.
Decisões em assembleia, família é o Estado que sente
A dor dos irmãos que não tiveram os mesmos privilégios.

Francisco Maia.