quarta-feira, 25 de maio de 2011

A poesia e a música.

 A poesia e a música.



A poesia e a música são irmãs,
Uma tem mais ouvidos que a outra
E a outra cabe apenas aos olhos
E distantes por sentidos ficaram.  

O canto sai sem melodia
E a melodia se farta do canto,
Assim fica na letra a poesia
A alma escrita como um rito.

Na música a alma ganha espaço
Flutua na imensidão sem barreiras
Entrando nos ouvidos e cativando a existência.

A poesia tem a porta dos olhos
Atingindo a alma através do brilho das pupilas
Ganhando no peito o ritmo das batidas

Tem-se um coração apaixonado
Como um tambor dita a melodia.
Então a musica e a poesia são concebidas em união,

Com um belo abraço, ambas ganham
Forças e seguem unidas para eternizar
Aquilo que começou com um papel branco
E que ganhou a alma da harpa.


Francisco Maia


terça-feira, 24 de maio de 2011

Só...

Só...


Eu quero ficar só
Quero ficar assim
Com os olhos cheios de lágrimas
Quero a mensagem da linda

Quero ficar só...
Olhando as estrelas
Quero sentir o amor
Quero tudo em meu peito

Não quero sair, não! Não quero!
Quero morrer com a lua minguada,
Só saber que valeu a pena

Quero eu e você
E se por um acaso eu
Ficar só! Estou com você.


Francisco Maia

Não sei o que pensa.

Não sei o que pensa.


Dizem que sou romântico
Que escrevo com saudade,
Coloco a morte por ter perdido.
Mas fico sem verdade;

Sem saber se você acha mesmo
Que escrevo pensando em Romeu
Ou se você acha que escrevo procurando
                                                 [Julieta.
Não sei o que realmente acha,
Mas não tenho Shakespeare
Tão pouco a barata que virei no amanhecer,

Mas terei em minha vaidade
O sonho de teus afagos
A misera e romântica morte


Francisco Maia

A Morte de Um Parceiro.

A Morte de Um Parceiro.


Hoje ela apareceu, saiu de seu trono,
Voou baixo e ceifou mais uma alma,
Está em seu caderno anotado de preto
O nome que o beijo ela daria.

Levou mais um parceiro, 
Levou mais um bom
E deixou a saudade 
Da pessoa que fazia bem.

Sei que não verei mais o sorriso
Sei que quando voltar a essa terra
Não terei a companhia das madrugadas.

Nego velho, que os archotes do cemitério
Sempre acesos fiquem a iluminar o seu repouso
Sinalizando que ali esta um parceiro que foi cedo.


Francisco Maia