quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Arquitetônico.

 

Arquitetônico.

 

Hoje deu vontade obrar,

Vou dar uma obrada, igual, tal qual,

O mito, o moço que de baixada, teve

A marquesa de santos, e fez obrar no Ipiranga.

 

O peixe morre pela boca, o obreiro pelo

Negacionismo, astrológico, ignóbil guru!

Torturados são os perdidos em liberalismo

Em um mundo neoliberal, perda de perfume.

 

Cheiro que não sentimos, sabores e saberes,

Almas levadas, corpos mortos, são bem mais que mil.

Morrer é votar, morrer é acreditar no ignóbil guru!

 

Obras feitas, obras entregues: 190.000.

De máscara segue os/as heróis/heroínas

Que não deixam a sua família perecer.

Francisco Maia.

Ano fim.

segunda-feira, 23 de março de 2020

Serra Pelada do Século XXI.


Serra Pelada do Século XXI.


Olhei o buraco, observei que tinha gente cavando,
a cada dia ele ficava mais fundo.
Quando essa gente vai perceber que estão cavando
Por outras pessoas e, que esse buraco é sua cova?


Quando essa gente vai perceber que aumentar o buraco
só vai derrubar mais gente lá embaixo?
No buraco não tem água, não tem ouro, nem objetivo,
Não vai demorar para o sol desaparecer.


O buraco está ficando fundo, vai ficar muito difícil de sair.
Tem gente que prefere um buraco fundo pensando que não vai cair,
Ou um buraco largo para que tenha muita gente lá dentro (não eles ou os deles).
[Em um buraco largo e fundo cai todos.


Tem, também os que prefere o buraco largo e fundo,
Assim pode jogar mais gente lá dentro para mandar cavar.
Quem manda cavar o buraco não quer ir, quer empurrar,
[ diz que o buraco é para que “eu” me sinta confortável lá.

Francisco Maia.

sábado, 7 de março de 2020

Tropa de mula.


Tropa de mula.

É uma surpresa, uma para você e outra pra mim.
Cheguei do jeito que era, chegando.
Sem medo ou mesmo noção, só cheguei.
Disparei, eu fui em frente, não tinha trajetória.

Mas eu sei, que não quero ser como você,
Não quero dar trajetória para ninguém,
Não quero ser surpreendido, pois sei,
Que a trajetória tem muito mais que só
[perspectivas alheias.

Ser cravo de casco, é segurar a ferradura,
Mas ser o coice  é lança-la ao esmo,
Ser o impacto, é transformar o objeto.

Mas a transformação é dá dor,
Ser cravado na carne é incomodar
Mas incomodar te obriga a pensar, mudar,
[transformar, ser coice.

Francisco Maia.


Seleção Natural


Seleção Natural.

Começo o texto pelo final, a morte do moribundo.
Somos dignos de pena, por querer ser quem não somos.
Uns com uma pena maior, por negar,
Outros com uma pena menor, por aceitar.

Andando pelas veredas da vida, lutando por justiça.
Vendo a morte cutucando a minha pobreza, e lutando pelos meus,
Percebendo o quanto pobre que minha alma é, deixei os meus,
Sonho um dia ser rico e, de pé louvar a minha aceitação.

Quando rico (de capital), em pé selecionei,
Fui selecionado, tinha dinheiro, mas não tinha classe,
Quando percebi, eu era um pobre com dinheiro
[e sem classe].

Olhei, tentei voltar, fui no encontro, lutar como antes.
A minha classe já tinha ido embora, não tive dignidade por ela.
Eu era o próximo a ser exterminado, deveria ter brigado antes.
[de alma e corpo].

Francisco Maia.