domingo, 15 de dezembro de 2013

Indo

Indo.


Nesses últimos dias de dezembro ,
eu  me vou, andar sem pernas.
Vou me jogar em seus braços, teus afagos.
Pedir que a morte gélida me condene,
Em pedra de mármore descase o meu corpo,
Em repouso nos eternos lábios teus.

Os meus olhos são teus, ouvido e tato.
Tudo que cai, é de graça, mas de graça eu
Tenho o seu sorriso, transforma a minha vida,
Faz-me feliz por um instante, e o infinito se
Propaga por química, matemática e se torna humano.


Francisco Maia..




sábado, 14 de setembro de 2013

Ouvindo o eu “ou”

Ouvindo o eu “ou”

Poemas nascem quando a saudade bate forte,
Ou quando o "ou" não sabe onde vai parar.
Mas esse "ou" encontrou alguém para pousar os olhos,
Quando as lágrimas escorrem,
As forças não levantam ele da cama,
O "ou" pensa, acha, o outro, e o sentido fica forte e,
A cama pequena para tanta paixão.
O mundo clareia em ouro,
Tem forças, e a amada paira em meus pensamentos.
Tudo tem fim, sei disso,
Mas o meu sera nos braços trêmulos da moça,
Quando esvaído a minha vida,
Alma perdida em seu colo
e o "ou" se fez feliz,
Deu lugar ao que me tornei...
... O Eu.



Francisco Maia

domingo, 7 de julho de 2013

Cantiga.

Cantiga.

Marinheiro onde esta o seu barco?
- Esta no fundo do mar, foi com ele o meu sonho, o meu desejo e meu engano.
Marinheiro onde esta o seu barco?
- Esta no fundo do mar, ficou com ele, as viagens, a vontade e a liberdade de flutuar.

Francisco Maia

sábado, 22 de junho de 2013

Dedilhado.

Dedilhado.

Estar preso entre os seus próprios dedos,
Olhar e ver que as suas mãos estão tampando...
Ver no espelho que é o seu rosto que esta
Atrás das grades dos seus dedos.

Observar a sua liberdade trancada por seu corpo.
Ver a sua alma gritando, chorando e ficar sentado,
Nem mover um dedo, deixar trancado,
Servir de exemplo para os outros como pessoa.

Perder a razão, achá-la,  ruminar a presença
Dos dedos na face, na garganta...
Tirar a mão do rosto e colocá-la

Inteira dentro da boca, sufocar,
Perder o oxigênio, o sentido
A vontade de se libertar da amarra dos dedos.



Francisco Maia.

Mãe.

 Mãe.


Tão linda paixão,
Que aos meus olhos veio ter,
No momento que abriam para ti,
No dia do meu nascer.

Tu que cuidaras de mim,
Vendo o meu crescer,
Sendo sempre,
Uma criança para você.


Tamanha a luz,
Que coloriu o meu mundo,
No instante que a enfermeira,
 Entregou-me para você.

Já nessa minha juventude,
Olhando a trajetória percorrida e há percorrer,
Lembrando-me sempre dos teus afagos e carinhos,
No momento que me colocaras em meu leito para adormecer.

Sempre a sonhar com teus beijos na face,
Que me faziam lembrar,
Sempre! Sempre! E sempre!
Mãe!
O quanto amo você.



Francisco Maia.    11/05/06

sábado, 8 de junho de 2013

Mas....

Mas....
Partida, revoada e mergulho...
Morte, céu e a simples descida...
Viver com as alternativas
Que nos resta não é fácil.

Mas...
Podemos criar novo viés...
Partir de um lugar para outro.
Revoar em pensamento, sonho.
Mergulhar em um livro ou no oceano.


Francisco Maia.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Minha Alma.

Minha Alma.

Não sei. Só sei que eu quero é escrever poemas.
Não sei. O que eu quero é amar.
Não me importa se vou ser amado.
Eu só quero é escrever poesia.

Quero todos os meus segundos,
Toda a minha vida, uma existência.
Que a vida exista cada um por um,
Que a vida saia do corpo e entre na alma,
Eu sei que você é meu elixir.

Eu sei que você existe em mim,
Eu sei que o (mim) é questionável.
Mas amada, no de más, eu sou seu.

Para trilhar cada passo, cada dia.
Vou contigo para onde você quiser,
Sou tua alma e você é a minha.



Francisco Maia

quarta-feira, 6 de março de 2013

Sonhar...


Sonhar...

Sonhos que deixamos fracos...
São sonhos que não voltam mais,
Não tocam mais o coração com calor,
O desejo fica vazio e, tanto faz o resto.

Entrar na zona de conforto limita,
Deixa a mente perdida para sempre,
Flertando com o esquecimento, distante
Nas lembranças que a alma pensa que existiu.

Francisco Maia.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Heróis.


Heróis.

Tem momentos que vem em minha mente
Os dias de gloria, ferro e fogo, mortos
Medievais, heróis que procuraram a glória,
Que cravaram o seu nome na história.

Vem em minha angustiada, o desejo grego,
Das lembranças eternas e que a luz nunca se apague,
Que a chama fique acesa nos meus dias eternos,
Nas noites escuras que padeço no meu purgatório.

Sei que os heróis medievais gravaram o seu nome
Na história com fio de espada, lanças e flechas,
Que muitas vezes pagaram com o próprio sangue
O nome escrito com tanta pompa.

Mas eu queria que todos honrassem os nossos
Heróis que morreram e deixaram as casas, as famílias,
As namoradas, as esposas, filhos e amigos.
 Tombaram por um país livre, por um sonho,
Que os anos de 1964 – 1984 exigiram deles.

Meus heróis os saúdo todos vocês.


Francisco Maia.


Amor que vem e vai.


Amor que vem e vai.

O sopro do vento veio a minha face,
Tocou como o toque de suas mãos.
Um sorriso pairou em meus olhos,
Veio como a sua chegada de noite.

A paz veio nos degraus do ônibus,
Na chegada em anuncio no Aeroporto,
Na porta do táxi, nas mãos dadas, porta abeta.
Na partida da rodoviária uma dor...

...No peito apertado na despedida,
Na sua ida embora para Curitiba,
Na sua noite na BR 101, 116.

Minha noite sentado sozinho na sacada do apê,
Ligando do meu celular para saber de você,
Para dormir segunda te amando mais que amei na sua chegada.

Francisco Maia

domingo, 27 de janeiro de 2013

Trago


Trago.

Andando na impura sobriedade,
Foi assim um ser calado, com as mãos tremulas,
Um homem perdido em sentidos incrédulos,
Pisando com pés equivocados na lajota.

Com a cabeça baixa as vozes lhe ocupavam a mente;
Com a morte em sua frente o peito se enchia de fumaça:
- Queres um trago? – singela morte!
- Queres um trago? – aceite seu hipócrita!

- Não aceito, não! Pois quero ta aqui quando
Você morrer, e não ir junto, eu que vou te fumar...
... O meu trago é o sopro de vida que tu tens.

O calado homem ficou sério ouvindo os murmúrios
Em sua cabeça, sem ao menos pestanejar ele sacou
Do bolso outro cigarro, acendeu e falou em voz alta.

- Esse é para ela que vai tragar a minha alma,
Já esse trago que dou é para mostrar que
Não é só ela que sente prazer na vida que se vai.

Francisco Maia. 

sábado, 26 de janeiro de 2013

Rumos da vida.


Rumos da vida.

Por essa quadra que me quebra a cabeça,
Por esse dia que me deixa velho e ranzinza,
Por mais um minuto que não posso ter,
Por fim, me atrevo a te dizer...

Valeu o tempo que estivesse em meus olhos,
Os dias que curou as minhas moléstias, as chagas da alma,
As horas que me deixou suspenso no ar leve,
A inexistência que colocaste o sentido para existir.
                                                                          
Não me sinto deserto de sentimento.
Não me vejo sem tempo para respirar
Não ordeno mais os meus passos para traz.

E deixo essas parcas palavras para você.
O dia que entrou na porta da minha vida, eu deixei de lado a morte,
 Comecei a escrever quadras e terças para não te esquecer.


Francisco Maia.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Fome.

Fome.

Somos farinhas, torrada, fina e grossa... 
Mandioca, fruto da terra... 
Somos raízes da alma... 
Somos poetas.


Francisco Maia