sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Queria ser o que sou.

Queria ser o que sou.


Eu queria ser um ator
Ter a tristeza amenizada
Pelas risadas que provocaria,
Sabendo ainda que iria chorar no camarim.

Mas quem sabe, ser um ator provocaria
 Alegria nas pessoas, dançar sem ter motivo,
Amar sem ter que ficar preocupado,
Sentir, só sentir a luz que desce quando a cortina abre.

Queria ser um cantor, levar a minha alegria, minha voz,
Inspirar gerações, ser a pessoa que fala sem medo,
Que compõe poemas, musicas, levando 
Todos às lágrimas em um palco gigantesco.

Pensando bem! Eu, não só sou ator e nem cantor,
Levo inspiração, alegria e mais ainda,
A razão, o conhecimento rompendo a escuridão
Da ignorância. E risadas, às vezes.

Eu sou Professor.


Francisco Maia. 

sábado, 6 de setembro de 2014

Infância

Infância

Saudade de tudo que me consome,
A alma, perto do cemitério e longe
Do mundo ingênuo que construímos,
Da melancólica distância de hoje.

Meu mundo perfeito, que um dia
Foi meu quarto, pequeno, mas lindo,
Das pessoinhas que passavam pela porta,
Riscando a parede com carrinhos.

Saudade! Isso é, as pessoas que nos tornamos,
Crescemos, vivemos, e veremos outros
Crescerem, na ingênua penumbra.

 Ainda somos os mesmos moleques!
Outrora éramos a alegria da casa
E transformavam tudo em brincadeiras.
[hoje são as nossas crianças.


Francisco Maia.