sábado, 16 de agosto de 2014

Chão do mundo.

Chão do mundo.

Andei por um caminho estranho,
Não tinha destino, nem trilha,
A luz era pouca;
O fumo subia, pulmões eram sufocados.

Senti o podre corpo cambaleando,
Doloroso foi o remoer das vísceras,
Em desgraças o cérebro
Só pensava em poemas.

Joelhos raspando ao chão duro,
Morrendo aos poucos e ainda animado.
No asfalto negro surgiu a sombra.

Surgiu a coragem do desafio:
- Venha morte assustada,
Pois esse ébrio só há de ir arrastado.

Francisco Maia.