Crianças
Pobre criança.
Que esperam o
telefonema do namorado,
Brincando de boneca.
Desafia a vida sem
conhecê-la.
Tem do seu próprio
ser
A concepção de que o
mundo é perfeito.
Tu não sabes que a
vida também é feita de derrotas?
Só o que tu tens é a
incerteza!
Maldita inconsequência,
Da maldição a sua
veemência,
E do fundo a carência,
Tens como demência.
O amar com carência,
Só esperar a
conveniência,
Sem saber
Da consequência.
A paixão é de ti
A dor pura.
Se sente tão emersa
na pura loucura
Que esquece a sua
própria doçura.
De que tu és apenas
criança,
E explora os que te
cortejam como cobra,
Vivendo no seu
próprio mundo desconhecido
Pensando de que todos
te adoram.
Olhe ao seu redor
criança!
Vês, a lua nasce e
quebra a escuridão,
Saia da noite, viva
um pouco mais...
Deixe de sentir a dor
humana.
Volte ao seu mundo de
boneca,
Deixa os seres
humanos se matarem,
Você ainda tem um
pouco mais de tempo!
Volte a ser apenas
uma criança.
Francisco Maia. 15/12/05
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