sábado, 10 de agosto de 2019

O rei...

O rei...
Voltamos para uma monarquia, eletiva, mas monarquia.
Monarquia onde o ser inato conclama o seu herdeiro, o perfeito.
Herdeiro que escolhe uma embaixada no país de preferência do pai.
País entregue ao San, tio que é o sonho do pai, subjugado pelo mágico de Oz.

Viva o reino, salve o terreno, lenha para o vassalo do suserano, obrando uma vez
[a cada dois dias.
Suserano absoluto, leviatã devorando todos que não são nobres, não morô?
Nobreza combatendo os bárbaros e conquistando terras para o rei.
Para o monarca uma corte, uns bobos, uma luz e uma música, banquete de onça.

Pintamos a aquarela perfeita de um estado de Pombal e Catarina.
Czares vitorianos negligenciando a arraia miúda. Estão sendo salutar,
Saltando aos olhos, o brilho de uma criança assustada no pátio de uma escola,

O pão tirado dos anciãos para alimentar os cortesões, dobrões de ouro,
Ouro reluzindo enganosamente para o povo faminto no paço do prefeito,
Mazelas produzidas por uma revanche, Alsácia, Lorena, Nordeste, Brasil.

Francisco Maia. 

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