quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Esconderijo

Esconderijo

Poesias mórbidas,
Caladas e inocentes.
Mortalhas de papel,
Caixão de tinta nanquim.

Mãos pálidas, lábios roxos,
Poeta franzino e cansado
Da vida que tem e da morte
Que nunca chega.

Alma bandida largada a
Esmo no mundo inquieto,
A única dor que tem! É ser poeta!

Deslumbrado com a noite erma
E decepcionado com o dia cheio,
Procura refugio em um tinteiro.

Francisco Maia

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