segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sepulcro.

Sepulcro.

Hoje desci ao inferno
Senti o meu corpo
Ser consumido pelos vermes
Ouvi-os rasgarem minha carne.

Meu companheiro
Eterno e fiel.
O caixão de madeira;
Pinho, carvalho, tanto faz.

A escuridão os meus
Olhos não podem ver
Pois o pus jorra
Como lágrimas de criança.

A minha carcaça
Fétida, empesteia o ar,
Entorno dos meus
Restos de carne podre.

- Pronto, está consumado o fim.
- A última pá de cal
Foi jogada.

E me resta,
O meu sepulcro,
A escuridão eterna

Na companhia dos vermes
Até que eles me consumam
E pó eu virar.

Francisco Maia     21/09/06

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